As disfunções sexuais estão entre os principais motivos para uma pessoa buscar a ajuda de um psicólogo especializado em sexualidade. Esse tipo de problema tem origem orgânica ou psíquica, sendo frequentes os casos em que há a combinação de ambos os fatores.
Mas e aquelas pessoas que têm problemas de desejo? Ou aqueles casais que experimentam uma baixa no desempenho e falta de entrosamento na cama? Afinal, o que pode ser tratado numa terapia sexual?
Realmente está indicada apenas a quem tem um problema fisiológico? Como saber se o desconforto ou incômodo que você tem com a sua vida sexual deve ser trabalhado no consultório de um especialista? Fique atento a estas dicas e descubra quando pedir ajuda a um terapeuta sexual.
Tratando distúrbios, inadequações e problemas sexuais
Os homens, na maioria dos casos, procuram ajuda de um psicólogo para lidar com quadros de ejaculação precoce e problemas de ereção. Nas mulheres, se tratamos dos distúrbios fisiológicos, o problema mais comum é a contração involuntária da região pélvica, que dificulta a penetração e afeta a qualidade da relação sexual (conhecido como vaginismo).
A indicação da terapia sexual, entretanto, tem uma abrangência muito maior:
para lidar com um quadro de desejo sexual exagerado ou de sexo compulsivo,
para lidar com perda de libido ou baixo interesse sexual,
para entender questões de identidade e gênero,
para ser capaz de assumir sua sexualidade,
para lidar com os problemas decorrentes da menopausa,
para lidar com quadros de aversão sexual, entre outros.
No caso de casais, a falta de equilíbrio entre o universo masculino e feminino também seria um fator problemático na relação. Um exemplo disso seria: homens que querem ter uma relação sexual para ficar bem e superar um problema pontual, quando, para as mulheres, o desejo pelo sexo normalmente está ligado a uma situação de bem-estar emocional.
A terapia sexual normalmente começa com um trabalho oral, que visa liberar a pessoa de todas as amarras da comunicação e da experimentação das emoções. Para muitos especialistas, as práticas corporais são complementares ao trabalho oral, e podem envolver massagens erógenas, controle de respiração, exercícios sexuais em casa, etc.
Qual o papel do terapeuta sexual?
Uma das funções do terapeuta sexual é justamente esclarecer, de tudo o que é apresentado no consultório, o que é um problema de fundo emocional e precisa ser trabalhado, ainda que o desencadeador desse seja um distúrbio fisiológico.
Esse tipo de terapia é fundamental para recuperar a autoestima, ajudando a pessoa a encarar o problema de frente, colocando um ponto final na insegurança de viver ou sentir algo do qual não se fala, nem se entende.
Muitos dos problemas podem ser provocados pelo stress do dia a dia, agravados pela ansiedade de sentir que algo não está bem e não se saber como enfrentar. Também interferem questões culturais e do histórico familiar da pessoa.
Alguns especialistas acreditam, ainda, que os problemas sexuais começam com um problema de projeção, porque o sujeito está buscando poder, e não prazer, na relação. Nestes casos, é preciso a intervenção do psicólogo para corrigir o foco de toda esta energia.
O objetivo da terapia sexual, independente dos recursos utilizados pelo psicólogo, é fazer com que a pessoa se conheça melhor e amplie a consciência do que é preciso para viabilizar o prazer, refletindo sobre seu funcionamento e sua relação com os demais.
No caso do casal, o trabalho pretende facilitar a comunicação, mediando uma reflexão sobre a dinâmica sexual, sobre o que funciona e o que precisa ser melhorado.
Fonte: Mundo Psicólogos