O diagnóstico em psicologia clínica é uma atividade fundamental, pois norteia o processo terapêutico e permite o emprego adequado de técnicas de intervenção. O diagnóstico é baseado em teorias cientificas, e por isso tem sua relevância destacada, pois quando empregado, atribui um caráter científico a atuação e delimita o saber psicológico para os demais campos do conhecimento.
É Importante se esclarecer que o diagnóstico psicológico se difere ou pelo menos deve se diferir do diagnóstico realizado no campo médico, em que há relações causais e lineares e se fundamenta na noção de cura enquanto extirpação de sintomas. Ao lidar com vida psíquica, o psicólogo deve considerar sua dinâmica e multiderminação, para assim realizar uma avaliação psicodiagnóstica adequada.
Existem inúmeras teorias psicológicas, sendo que cada uma possui seu arcabouço teórico e metodológico próprio, o que implica em diferentes processos de psicodiagnóstico. No entanto, há algo de comum entre todas as abordagens no que diz respeito ao psicodiagnóstico, o seu objetivo. O psicodiagnóstico é realizado com o intuito de se obter uma compreensão mais apurada do sujeito em atendimento com fins a ajudá-lo em sua demanda.
Apesar de ter seus benefícios reconhecidos por boa parte dos profissionais, o psicodiagnóstico também é criticado por muitos profissionais sobre a alegação de ser um processo estereotipante e reducionista. Nisto vale ressaltar que o diagnóstico é apenas uma forma de intervenção que dependerá substancialmente da postura do profissional que faz uso desta. O diagnóstico não deve ser um fim em si mesmo, mas sim um meio para se balizar intervenções adequadas para cada paciente.
Autora: psicologia.com.br/colunista/15/" target="_blank">Stéfany Bruna