Geralmente, as pesquisas em desenvolvimento objetivam estudar as mudanças e as continuidades com o passar da idade. Para cada objetivo específico e condições materiais sugere-se um modo de se conduzir a pesquisa, daí a importância do planejamento e análise prévia para, então, se delimitar todo o processo de investigação.

Em psicologia do desenvolvimento os estudos secionais cruzados comparam diferentes crianças de diferentes idades. Nestes casos as diferenças encontradas sugerem novas hipóteses sobre os processos de desenvolvimento. Todavia esta forma de pesquisa pode se deparar com o problema do fato de que as diferentes crianças viveram em diferentes épocas culturais, o que pode influenciar significativamente nas diferenças comportamentais apresentadas.

Já os estudos longitudinais observam as mesmas crianças conforme elas se desenvolvem ao longo do tempo. Através destes estudos encontram-se mudanças e continuidades na experiência individual. A principal limitação destes estudos é o tempo demandado.

Os estudos culturais cruzados comparam crianças em diferentes culturas. Por meio do método etnográfico (estudo detalhado de uma cultura) pode-se acumular diversos resultados que, em seguida, podem ser comparados entre muitas culturas. A grande dificuldade deste método é a equivalência de medida, visto que os comportamentos podem ter diferentes significados para cada cultura.

Cabe a cada pesquisador refletir as vantagens e desvantagens específicas e escolher o melhor método para sua investigação, conduzindo-a de modo crítico e reflexivo. Sobretudo, ressalta-se também a importância de não se limitar ao tradicional e de não "importar" modelos, visto que nossa sociedade é dinâmica e singular é imprescindível o constante aperfeiçoamento e criação de novas formas de se pesquisar e promover estudos que contribuam para questões específicas da nossa realidade!

Autora: psicologia.com.br/colunista/15/" target="_blank">Stéfany Bruna